A feira livre mexe com os sentidos e tem todo um show particular: observamos o colorido das frutas, verduras e legumes; tateamos um por um, para então escolher e até mesmo provar. Comemos o pastel, tomamos a garapa. Sentimos a mistura dos odores e ouvimos as negociações. Um espetáculo a céu aberto.
Em Curitiba as feiras fazem parte da rotina de muita gente.
Cerca de 40 acontecem por semana em vários pontos da cidade, percorrendo os bairros pela manhã. Se antes tínhamos somente feiras diurnas, “…antigamente não existia feira noturna”, agora elas estão presentes, acrescidas de uma gama de opções para jantar ou lanchar, com barracas e trailers de comidas, os food trucks. O sucesso da comida pronta fez surgirem as Feiras Gastronômicas, mostrando as inovações para os frequentadores. A tradição para se manter deve se renovar.
SOBRE A AUTORA
Sou Juliana Cristina Reinhardt, também Zugueib Zaidan. Mãe da Clara e da Tereza, esposa do Victor. Me formei em Nutrição pela UFPR, com mestrado e doutorado em História pela mesma casa. Hoje trabalho com produção cultural pela Editora Máquina de Escrever. Dentre os trabalhos e projetos concebidos, produzidos e executados na área de patrimônio cultural, tenho estes livros publicados: A Padaria América e o pão das gerações curitibanas (2010); Dize-me o que comes e te direi quem és: alemães, comida e identidade (2012); Entre Strudel, bolachas e stollen: receitas e memórias (2012); Alemães, comida e identidade: uma tese ilustrada (2014); Igreja alemã: Christuskirche, Igreja de Cristo (2015); Se essa rua fosse minha: Santa Felicidade e seus italianos (2020); Igreja Ortodoxa São Jorge: encontro dos árabes em Curitiba (2022).